Nietzsche, uma canção


Ler Friedrich Nietzsche é como escutar música. Navego por entre as notas que me levam a labirintos azuis, vermelhos, cinzas e amarelos. Vida: a abundância e a escassez. O cheio e o vazio. O belo e o feio.

Das aquisições literárias das férias de julho... ele, Friedrich Whilhelm Nietzsche:

Aforismo número 45, intitulado "Em que nos tornamos artistas":

"Quem faz de alguém seu ídolo, procura justificar-se ante si mesmo, elevando-o em ideal; nisso torna-se um artista, para ter boa consciência. Se sofre, não sofre por não saber, mas por enganar a si mesmo, como se não soubesse. - A miséria e delícia interior de uma tal pessoa - isso inclui todos os que amam apaixonadamente - não pode ser esvaziada com baldes comuns."


(In "100 aforismos sobre o amor e a morte", Friedrich Nietzsche, Penguin & Companhia das Letras, 1a. ed., São Paulo, 2012; tradução, seleção e notas de Paulo César de Souza)

--- Aforismo número 45, página 30, extraído da obra "Aurora".
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