O silêncio segundo Nietzsche
Quero o silêncio. Óleo sobre tela. Por Tom Azevedo. |
Tem palavras que colam na gente. Por serem feias, estranhas, bonitas, sonoras. DISPÉPTICO é uma delas.
“Todos os calados são dispépticos”, setenciou Friedrich Nietzsche em Ecce homo: como alguém se torna o que é:
“Parece-me também que a palavra mais grosseira, a carta
mais grosseira, são ainda mais humanas e mais honestas do que o silêncio. Aos
que silenciam falta-lhes quase sempre uma finura e cortesia do coração;
silenciar é uma objeção, engolir as coisas produz necessariamente mau caráter –
estraga inclusive o estômago. Todos os
calados são dispépticos.”
= = Página 29, Companhia
das Letras, 1995.