18 de outubro de 2017, minha mãe, dona Duzinha, faz 82 anos de vida!
São tantas as obras que a senhora realizou. E agora, quer dar concretitude ao sonho de edificar a Vila das Margaridas, uma casa-jardim para abrigar os idosos que não podem mais moram nas suas residências por motivos diversos. Idosos que precisam de muitos cuidados ao fim das suas trajetórias neste planeta.
A senhora sempre auxiliou os outros e às vezes eu me ressentia devido ao pouco tempo que restava depois das suas horas de trabalho como revendedora da Avon e da Christian Grey. A senhora andava pelas ruas de Petrolina e Juazeiro com uma sacola pesada, entregando as encomendas. Eram desodorantes, colônias, hidratantes. Vem daí o seu hábito de presentar tanta gente com o sabonete Alma de Flores? :) A senhora que gosta tanto de começar os textos das campanhas de arrecadação de alimentos com a frase "Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas.&…
foto: acervo família Nascimento Passos O Conselho de Arquitetura e Urbanismo vai realizar hoje (20) uma solenidade de homenagem aos arquitetos que tiveram atuação destacada na história de Pernambuco. Para quem vive em Petrolina, é mais do que merecida a celebração ao arquiteto Carlos Nascimento (in memoriam): “o grande legado de Nascimento é que ele instrumentalizou o planejamento urbano, com a definição das principais avenidas e bairros que ainda iriam surgir”, explica o arquiteto Cosme Cavalcanti. Wandenkolk Tinoco também, justamente, está entre os homenageados. Formado na Faculdade de Belas Artes do Recife em 1958, inicia a carreira em meio à inauguração de um novo jeito de morar, o verticalizado: “Nós do Nordeste convivemos bem com os espaços ajardinados e os quintais. Gostamos do cheiro da terra.” É autor do edifício-referência, Villa da Praia, localizado em Boa Viagem.
Em Petrolina, Carlos Nascimento utilizou sua formação como urbanista para integrar as aven…
Parece ter sido feito pra se ler em
voz alta, sentada na velha e confortável cadeira de balanço da minha vó Toinha. Leitora, sento-me num divã em que falo sobre a presença ou ausência
do meu pai na minha vida.
A personagem de Clarissa Loureiro, que não tem nome, está exausta depois
de um dia pleno de atividades. Coisa que ela faz todo dia, enche-se de trabalho
e no fim do dia, em vez de dormir, desmaia de tanto cansaço acumulado. A exemplo de Ana, em Amor, conto de Clarice Lispector, a personagem de Clarissa Loureiro
tenta apagar a flama do dia, não para finalizar sua história, mas para preparar
o início de um sonho que vai ter naquela noite. O que deverá ser revelado não pode
possuir rédeas, acontece no inconsciente da personagem “seduzida pelo som de
sereia que afundou o meu passado no mais profundo inconsciente noturno”. Ego,
Superego e Id empreendem uma batalha que é narrada numa atmosfera onírica que se
inicia em “O relógio do meu pai ecoa e a velha cadeira de balanço começa a
ran…