“Através de meus graves erros – que um dia eu talvez possa mencionar sem me vangloriar deles – é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer a minha vida. Com pedras ruins levando o horror e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”


Clarice Lispector em “Amor a ele”,crônica publicada em 12 de outubro de 1968 no Jornal do Brasil e presente no livro ´A descoberta do mundo´, p. 146.


Postagens mais visitadas deste blog

Parambólica Clarice

Tomaz Maciel, meu professor de literatura, se foi

Arquiteto Carlos Nascimento (in memoriam) será homenageado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo