Jardins e prisões
Reto Roth, torto Roth, um norte-americano que conhece bem algumas feridas da nação a que pertence, como o racismo, o puritanismo, o moralismo e as consequências da Guerra do Vietnã impressas no cidadão que realmente combateu. Philip Roth escreve sobre prisões que a mente cria. Também sobre os jardins que essa mesma mente cria em “A marca humana”: “Nada dura, e no entanto nada passa, tampouco. E nada passa justamente porque nada dura.” “Por que, a uma certa altura da vida, nossa desconfiança se torna tão refinada que já não conseguimos acreditar em ninguém? Sem dúvida, se dois anos antes ele permanecera calado em vez de se levantar em defesa de Coleman, fora pelo motivo que sempre leva as pessoas a se calar: porque é de seu interesse calar.” “... elimine todas as outras ideias, não deixe mais nada interferir, mergulhe na coisa, no assunto, na disputa – o que quer que você tenha que enfrentar – e se transforme nessa coisa.”